terça-feira, 4 de junho de 2013

Abuso sexual e/ou exploração sexual infantil e do adolescente.


Até muito recentemente, o abuso sexual de crianças era tratado como um tabu. Entretanto, esse tabu vem sendo quebrado no decorrer da última década. Grande avanço é o ECA ( Estatuto da Criança e do Adolescente). Os dados são alarmantes, tanto pela frequência de tal prática, pelo contexto em que acontecem, mas também pelas consequências biopsicossociais.
A criança, além de todo o sofrimento durante o abuso sexual, pode sofrer danos a curto e longo prazo. A criança muitas vezes é o alvo preferencial de um abuso, quando não acaba sendo explorada sexualmente. Geralmente a exploração ou o abuso é exercido por um homem, e membro da família ou próximo a esta.
Levando em consideração que a formação enquanto sujeito se dá na primeira infância, tais traumas ocorridos através de um abuso sexual, trazem marcos que se prolongam ao longo da vida da criança abusada.
As consequências do abuso sexual são delicadas. Há consequências do ponto de vista: psicológico (traumas), físico (doenças sexualmente transmissíveis, gravidez).
As vítimas devem ser levadas a um psicólogo assim que seus responsáveis tomam conhecimento dos fatos ocorridos.
Geralmente são difíceis de serem descobertos, principalmente porque na maioria das vezes o abusador é o pai ou padrasto, o que torna mais confuso, na cabeça da criança  ou do adolescente, perceber que aquilo que acontece é uma violência. Dificilmente a criança ou o adolescente não tem com quem desabafar, e se cala numa profunda angústia. Isso também ocorre porque muitas vezes ela é ameaçada e coagida a não falar, não revelar o que acontece a ninguém. Usa-se a fantasia e a falta de malícia da criança como forma de iludi-la para se obter o que quer.
Por vezes, a genitora da criança vítima sabe ou desconfia de que seu filho ou filha vem sofrendo abuso sexual por parte de seu companheiro, mas não tem coragem de enfrentar a situação. Continua a fazer de conta que não sabe de nada. Isso colabora para agravar o problema, prolongando a ocorrência dos abusos, aumentando assim os traumas ocorridos com o abuso e a violência sofrida.
Na maioria dos casos a criança abusada apresenta alguns sinais da ocorrência, como vergonha em ficar nua na frente da mãe, sente-se acuada na frente do abusador em ambientes sociais, pode apresentar hematomas e outros tipos de sinais físicos, Sofre de dores de barriga, de infecções ginecológicas e urinárias repetidas.
É imprescindível atenção a qualquer sinal que se apresenta, ou a qualquer desconfiança. Havendo a suspeita ou a confirmação, é preciso denunciar, ter coragem de encarar a situação e encaminhar a vitima aos cuidados médicos e principalmente psicológicos, pois os traumas emocionais são muito mais profundos, maiores e podem se estender ao longo da vida da vítima.



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