É uma desordem onde a criança não consegue desenvolver relações sociais
normais, afeta a capacidade afetiva, a comunicação e a linguagem, se comporta de
modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.
O autismo é considerado um transtorno global do
desenvolvimento marcado por três características fundamentais: inabilidade de
interagir socialmente, dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se e
padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
Começa geralmente antes dos 3 anos de idade, sendo mais comum em meninos
do que em meninas e não
necessariamente é acompanhado de retardo mental pois existem casos de crianças
que apresentam inteligência e fala intactas.
É muito comum em nossa cultura, principalmente a
brasileira, a ideia de que crianças muito pequenas não podem apresentar
sofrimento psíquico, afinal quais problemas teriam um bebê? Se pensarmos que
Sigmund Freud atribuiu uma importância muito grande aos primeiros anos de vida
porque é nesse período aonde acontece toda a construção do aparelho psíquico.
Uma criança autista prefere estar só, não forma relações pessoais
íntimas, não abraça, evita contato de olho, resiste às mudanças, é
excessivamente presa a objetos familiares e repete continuamente certos atos e
rituais.
Os sintomas variam amplamente e manifestam-se de diversas formas,
variando do mais leve ao mais alto comprometimento. O diagnóstico é feito de forma
essencialmente clínica, através dos sintomas e relatos dos
pais e da avaliação do comportamento da criança. É importante que no diagnóstico haja uma ação
multiprofissional, onde possa estar sendo avaliada todas as possibilidades.
O que hoje se sabe através de pesquisas é que podemos
identificar alguns sinais de riscos de desenvolvimento psíquico precocemente.
Quando esses sinais são descobertos a tempo, com apenas alguns meses de vida,
pode-se fazer um trabalho psíquico e multiprofissional, através de uma
intervenção precoce. Esses sinais são: o bebê não interage com a mãe, nem com o
ambiente, não responde aos chamados maternos, não olha nos olhos, não procura o
olhar da mãe, não diferencia o colo da mãe das outras pessoas e parece preferir
gostar de ficar sozinho.
A mãe como primeiro elo importante do bebê com o mundo
tem papel essencial na percepção desses sinais. Não se pode
acreditar que com o tempo o bebê vai apresentar melhoras, vai interagir melhor
ao ambiente, e que ainda é muito pequeno por isso não responde aos chamados
maternos. O tempo é um importante aliado no diagnóstico e no atendimento e nas
possibilidades de intervenção.
É
importante que já na primeira desconfiança procure-se ajuda e orientação médica
e psicológica.
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