terça-feira, 20 de agosto de 2013

Um pouco sobre Autismo

É uma desordem onde a criança não consegue desenvolver relações sociais normais, afeta a capacidade afetiva, a comunicação e a linguagem, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.
O autismo é considerado um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais: inabilidade de interagir socialmente, dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

Começa geralmente antes dos 3 anos de idade, sendo mais comum em meninos do que em meninas e não necessariamente é acompanhado de retardo mental pois existem casos de crianças que apresentam inteligência e fala intactas.
É muito comum em nossa cultura, principalmente a brasileira, a ideia de que crianças muito pequenas não podem apresentar sofrimento psíquico, afinal quais problemas teriam um bebê? Se pensarmos que Sigmund Freud atribuiu uma importância muito grande aos primeiros anos de vida porque é nesse período aonde acontece toda a construção do aparelho psíquico.
Uma criança autista prefere estar só, não forma relações pessoais íntimas, não abraça, evita contato de olho, resiste às mudanças, é excessivamente presa a objetos familiares e repete continuamente certos atos e rituais.
Os sintomas variam amplamente e manifestam-se de diversas formas, variando do mais leve ao mais alto comprometimento. O diagnóstico é feito de forma essencialmente clínica, através dos sintomas e relatos dos pais e da avaliação do comportamento da criança. É importante que no diagnóstico haja uma ação multiprofissional, onde possa estar sendo avaliada todas as possibilidades.

O que hoje se sabe através de pesquisas é que podemos identificar alguns sinais de riscos de desenvolvimento psíquico precocemente. Quando esses sinais são descobertos a tempo, com apenas alguns meses de vida, pode-se fazer um trabalho psíquico e multiprofissional, através de uma intervenção precoce. Esses sinais são: o bebê não interage com a mãe, nem com o ambiente, não responde aos chamados maternos, não olha nos olhos, não procura o olhar da mãe, não diferencia o colo da mãe das outras pessoas e parece preferir gostar de ficar sozinho.

A mãe como primeiro elo importante do bebê com o mundo tem papel essencial na percepção desses sinais. Não se pode acreditar que com o tempo o bebê vai apresentar melhoras, vai interagir melhor ao ambiente, e que ainda é muito pequeno por isso não responde aos chamados maternos. O tempo é um importante aliado no diagnóstico e no atendimento e nas possibilidades de intervenção. 

É importante que já na primeira desconfiança procure-se ajuda e orientação médica e psicológica.

 




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